Umas das perguntas mais frequentes no meio político de Jequié hoje em dia é quem será o escolhido por Zé Cocá (PP), para compor a sua chapa que disputará as eleições municipais em outubro próximo.
As pesquisas de avaliações realizadas pelo instituto IBADE e DATA SOL, apontaram 94% de aprovação da gestão municipal. Com essa margem de aceitação popular, qualquer candidato se coloca em situação confortável para escolha do seu par, na composição da chapa eleitoral.
Essa zona de conforto levou a pouca popularização e debate político da ideia do legislativo em indicar a sua preferência ao vereador Colorido, como postulante a vice, mesmo tendo os vereadores da sua base de apoio, demonstrado fidelidade incondicional, apoio e proteção, desde o início do mandato.
Da mesma forma quando outra escolha surgiu de alguém responsável diretamente por alavancar a gestão municipal, por meio de emendas parlamentares históricas, transformadas em arrimo para a gestão, como tem sido os esforços do Deputado Federal Leur Lomanto Júnior.
Certamente se esperava do pré-candidato majoritário da chapa, Zé Cocá, mais entusiasmo e engajamento nas ideias apresentadas por aqueles que sustentam até hoje sua gestão.
No caminho inverso do mais lógico, alguém que surgiu repentinamente no seio político de Jequié, é quem parece despontar como favorito nessa corrida eleitoral a vice-prefeito. Sempre presente a cada passo institucional, seja em entrevistas em rádios ou visitas às obras públicas e reuniões comunitárias, o sobrinho de Zé Cocá, Flávio Brandão talvez seja o escolhido pelo prefeito de Jequié, Zé Cocá, a ser seu vice.
“Flavinho é um sobrinho amado, tenho como filho, adoro ele. É um cara que sempre me ajuda demais, acho que é o que Deus planeja e vamos trabalhar. Acho que a política é isso”, destacou Zé Cocá em sua última entrevista na rádio do Deputado Leur Lomanto, a Jequié FM.
ESSES SERIAM OS OBSTÁCULOS PARA ZÉ COCÁ?
A aprovação popular de 94% apontada nas pesquisas, a favor da gestão municipal, terá que resistir aos obstáculos, diante das queixas da população, em vários eixos da gestão pública.
PROJETOS IMPOPULARES
Quando o assunto se relaciona aos projetos impopulares enviados à Câmara pelo prefeito Zé Cocá e aprovados pelos vereadores, que colocaram em risco a renovação dos seus mandatos, aprovando esses projetos que passaram a pesar no bolso dos jequieenses, como o Novo Código Tributário Municipal que foi que elevou a base de cálculo dos Alvarás, IPTU, ITBI, Inclusão de Novas Categorias na cobrança do ISS, Implantação da cobrança da Iluminação Pública, além da Criação da Taxa de Lixo, Precariedade no Transporte Público Municipal, Implantação da Zona Azul e elevada emissão de multas de trânsito, chegando a fechar 2023 como mais de R$ 2.300.000,00 em receitas por emissão de multas, sendo que a previsão ainda que elevada foi de R$ 1.000.000,00. Também a venda do Prédio da Biblioteca Municipal certamente terá seu peso no reflexo eleitoral.
DESENVOLVIMENTO SOCIAL
As ações de apoio social têm recebido muitas críticas das comunidades vulneráveis. Os conjuntos Habitacionais invadidos pela enchente de 2022, até hoje aguardam providências da gestão municipal. Casa com paredes rachadas, sem portas, janelas, piso removido e sem eletrodomésticos e móveis perdidos nas enchentes, são os problemas mais existentes e aguardadas soluções pela comunidade que perdeu quase tudo na enchente, mesmo a esperança de dias melhores.
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
Sem propostas que possam atrair novos negócios, por meio de incentivos fiscais, necessários para geração de novos postos de trabalho para os jequienses, o setor de desenvolvimento econômico do município se resumiu aos apoios às entidades representativas como CDL e ACIJ, com doações de carro e recursos públicos, sem falar do Programa Renda Forte Jequié, bastante criticado pelos feirantes que disseram não ter recebido regulamente as parcelas do auxílio enchente. Além disso, a falta de vontade na construção do Ceasa em Jequié, tem permitido que toda produção rural de Jequié seja conduzida à Ceasa de Jaguaquara e depois recomprada pelos comerciantes e revendidas no CEAVIG.
INFRAESTRUTURA
No eixo que contempla a infraestrutura municipal, mesmo com investimento realizado em mais de R$ 30 milhões e outros R$ 40 milhões que serão investidos até o final de 2024, segundo o prefeito Zé Cocá, algumas ruas e avenidas que foram asfaltadas, principalmente nos bairros distantes do centro, já apresentam sinal de falta de qualidade na aplicação da pavimentação, com rachaduras, afundamento do solo e fragmentação do asfalto, especialmente após as chuvas em Jequié.
Além das queixas na pavimentação, a longa espera na finalização da obra de construção do novo pavilhão de Hortifruti do Centro de abastecimento Vicente Grillo, tem deixado comerciantes de frutas, verduras e legumes inconformados com a demora sem fim.
CULTURA
Tem sido um setor bastante criticado, inclusive pelos gastos elevados na realização do São João e muitas reclamações por falta de projetos culturais que possam apoiar o artista local, sem falar das denúncias diante do desenrolar da Lei Paulo Gustavo.
SAÚDE
Palco de inúmeras reclamações principalmente a falta de atendimento médico, consultas em Postos de Saúde da Família e Centro de Saúde, além da oferta necessária em exames de média e alta complexidade, fatos relacionados ao TFD e falta de medicamentos nas farmácias básicas do município, tem sido alvo de críticas inclusive por vereadores.
EDUCAÇÃO
As queixas no setor da educação estão sempre ligadas à falta de valorização dos profissionais da educação, com o não cumprimento no pagamento do Piso Nacional do Magistério e número excessivo de contratações temporárias, sem priorizar os aprovados em concurso público. As reformas escolares também fazem parte dos reclames dos educadores, como, por exemplo, o Colégio Médici, funcionando em local completamente insalubre, conforme apontou a APLB.
Sem citar a concorrência eleitoral.
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