O confronto entre o prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), e o vereador Ramon Fernandes (PT) surgiu em decorrência da solicitação de informações feita por este último em relação ao Projeto de Lei 003/2025. Este projeto trata do pedido de autorização à Câmara de Vereadores para que o prefeito possa comercializar o evento de São João da Cidade. Há dados significativos que ainda não foram divulgados.
A TV Jequié obteve o Projeto de Lei 003/2025, que trata da comercialização do São João de Jequié. O vereador Ramon Fernandes está correto ao afirmar que o Projeto carece de profundidade, pois não apresenta informações essenciais para a implementação de diversos aspectos importantes do evento.
Em uma parte específica do Projeto, o prefeito Zé Cocá argumenta como um dos principais objetivos da venda do evento, seria a melhor organização e qualificação da festa, oferecendo mais conforto para população aproveitar o grande evento que é o São João de Jequié.
PLANO COM ESCASSA INFORMAÇÃO
Em relação às responsabilidades da empresa que será selecionada na Licitação para a Venda do São João de Jequié, de acordo com o projeto, a empresa ganhadora terá a tarefa de montar e desmontar as estruturas do evento, além de cuidar da limpeza e da manutenção. Inclui ainda a contratação de palco, camarins destinados aos artistas, suporte para a equipe do evento, camarote, ações de marketing desse espaço, decoração do circuito, tendas, banheiros químicos, baias, toldos, controle de público, cercas, geradores, sistema de som, iluminação do palco, cenografia, telão de LED, mobiliário, estrutura de segurança, mixagem de som, placas metálicas, arco de entrada, cabine para o camarim, entre outros. A empresa deverá zelar pela limpeza diária dessas estruturas, assegurando que estejam em boas condições para uso da comunidade, sempre respeitando as normas técnicas e legais pertinentes.
Em uma entrevista de rádio, o vereador Ramon Fernandes destacou que a comercialização do São João de Jequié é um tema que deve ser debatido de forma abrangente com a comunidade, assim como com os conselhos de São João e de Cultura. Além disso, é essencial a elaboração de uma análise de impacto financeiro, conforme previsto na sugestão do prefeito que diz aumentar a receita municipal gerada pela venda do evento.
DESTINAÇÃO DOS FUNDOS
Outro aspecto que o vereador enfatizou como ausente no projeto é a destinação dos recursos obtidos com a venda do evento, considerando que o município identificou sérias falhas no sistema de drenagem em diferentes bairros, evidenciadas por diversos locais durante as recentes chuvas em Jequié. E que esses recursos poderiam, por exemplo, serem destinados a sanar os problemas de drenagem do município.
Além dessas indagações, Ramon Fernandes expressou sua inquietação em relação aos participantes do evento, que veem no São João uma oportunidade valiosa para obter receitas, incluindo artistas locais, vendedores ambulantes, proprietários de barracas, além de outras categorias de fonecedores de bens e serviços.
DEFESA INTRANSIGENTE
Defensores vorazes da administração municipal, predominantemente ocupantes de posições comissionadas do prefeito, publicaram nas plataformas sociais um extenso texto, provavelmente com a intenção de persuadir a população a aderir aos planos da gestão e, assim, refutar os argumentos colocados pelo vereador Ramon Fernandes.
SENSATEZ E EQUILÍBRIO
Seria ideal que o "extenso texto de defesa" estivesse, antes de toda essa discussão, incluído no Projeto de Lei apresentado pelo prefeito Zé Cocá à Câmara Municipal, juntamente com as análises dos impactos financeiros, previsões de receitas e a destinação dos recursos obtidos com a venda do São João de Jequié.
PROJETO NA ÍNTEGRA
Clique no link abaixo e faça o Download do Projeto de Lei 003/2025, que trata sobre a venda do São João de Jequié
PROJETO DE LEI 003_2025_VENDA SÃO JOÃO DE JEQUIe
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