O governo do Estado entregou para a comunidade de Jequié, a Avenida Otávio Mangabeira e a Tote Lomanto, totalmente requalificadas e urbanizadas. Entretanto, a situação hoje é de precariedade no quesito conservação urbanística.
Fruto do investimento do Governo do Estado, na ordem de R$ 25 milhões, as obras de a construção de uma nova ponte sobre o Rio de Contas, anexa a Ponte Theodoro Sampaio, e a requalificação da Avenida Tote Lomanto, mudaram as entradas da cidade de Jequié nos sentidos nordeste e sudeste.
A nova ponte tem uma extensão de 160 metros, com a função de ligar o bairro Mandacaru ao centro da cidade e Avenida Tote Lomanto totalmente requalificada, passou a garantir a melhoria da mobilidade urbana com maior fluidez no trânsito, como mais qualidade de vida para os pedestres e moradores do entorno.
Esses investimentos públicos necessitam de manutenção diária por parte do município, em razão do desgaste natural pelo uso e as intempéries climáticos. A conservação do aspecto urbanístico e viário se traduz, também, em respeito e zelo nos recursos aplicados, advindos dos pagadores de impostos, tributos e taxas.
A cidade de Jequié possui clima predominantemente quente, com temperaturas que chegam a 38º no verão de 23º no inverno. No longo período de estiagem, e por estar numa área de transição climática entre a caatinga, a mata de cipó e os remanescentes da Mata Atlântica, o cuidado nos aspectos urbanísticos precisa ser redobrado.
Uma simples consulta ao Banco de Dados Pessoais da Prefeitura de Jequié, foi possível notar a dificuldade da gestão na manutenção de parques e jardins da cidade, visto que existem apenas 9 funcionários efetivos que exercem a função de jardineiros, sem falar da indisponibilidade de pontos de água para rega da vegetação existente.
Talvez seja em razão dessa dificuldade existente que, nas novas praças que estão sendo construídas, têm se optado pela redução da área verde, tendo o cimento decorado ocupado quase a totalidade das praças.
Certamente para uma cidade de clima quente como Jequié, a redução de área verde, substituída por pavimentação cimentada, não parece ser uma escolha ecologicamente viável, pois além de contribuir no aumento da temperatura, prejudicará a absorção das águas das chuvas e aumentará o volume e velocidade das enxurradas.
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