No episódio 1, a narrativa recai sobre o surgimento de Zé Cocá na política, tendo o ex-governador Rui Costa, atual Ministro da Casa Civil, como o inventor de Zé Cocá.
Após ser eleito com o apoio irrestrito do PT, numa disputa acirrada com a direita, representada pelo candidato James Meira, do Patriota, Zé Cocá se agarrou ao Governo do Estado para chegar à prefeitura de Jequié.
Depois que assumiu a prefeitura, veio a primeira prova de fogo para Zé Cocá: escolher qual lado ficar na eleição para governador do estado. Com o rompimento do PP, capitaneado pelo ex-vice-governador João Leão (PP), que apoiou a candidatura de ACM Neto (DEM) para disputa com Jerônimo Rodrigues (PT), Zé Cocá não pensou duas vezes e deletou toda a gentileza que Rui Costa e o PT fizeram por ele.
Zé Cocá não só seguiu o apoio de João Leão a ACM Neto, como fez campanha aberta, participou de passeatas, caminhadas e pediu voto para o adversário político do PT, ACM Neto, que foi derrotado por Jerônimo Rodrigues.
De fora do Governo do Estado, Zé Cocá pouco se importou com os próximos passos do PT, pois tinha em suas mãos o Deputado Federal Leur Lomanto (UB) e Cacá Leão (PP), que praticamente foram os responsáveis pelo sucesso da primeira gestão de Zé Cocá, dando-lhe histórico suporte financeiro através das emendas parlamentares, inclusive as pix, que dispensam explicações de onde e como foram gastas. Aliadas às emendas parlamentares, Zé Cocá implementou o maior programa de arrocho fiscal da história de Jequié, elevando todas as taxas e tributos municipais, algumas delas em mais de 300%, descapitalizando a população e afugentando investidores assustados com a alta carga tributária. Vale ressaltar que o arrocho fiscal teve as bênçãos da Câmara de Vereadores de Jequié.
Além de fazer forte oposição ao Governo da Bahia e direcionar muitas críticas duras ao governador Jerônimo Rodrigues e Rui Costa, Zé Cocá sempre enalteceu, nas entrevistas de rádio, que o Deputado Leur Lomanto aportou mais de R$ 80 milhões em emendas, advindas do Governo Federal, que em nenhum momento foi citado nem por Zé Cocá, nem pelos deputados, o nome do presidente Jair Bolsonaro como responsável pela partilha das emendas aos deputados direitistas que agraciaram seus prefeitos preferidos, mantendo-os sempre distante da esquerda partidária. Qualquer um patriota diria que esse ato foi de infidelidade, de falta de reconhecimento ao presidente, de ingratidão. Os bolsonaristas mais apaixonados podem até considerar como uma traição a Bolsonaro.
Sem obras impactantes e grande relevância necessárias para mudar o curso da economia de Jequié, tampouco impulsionar a geração de emprego e melhoria da qualidade de via da população, eis que chega o período da disputa municipal, e Zé Cocá se coloca como candidato a reeleição, desfrutando de boa aprovação popular.
Longe do Governo do Estado e muito distante dos afagos do PT, Zé Cocá se reelegeu prefeito de Jequié graças a seus apoiadores e também grande parte da direita de Jequié, a mesma que o reprimiu em 2020, optando por James Meira.
No próximo episódio a narrativa recai sobre o segundo mandato de Zé Cocá em Jequié e os motivos que os levaram a se aproximar do PT e do governador Jerônimo Rodrigues.
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