Tem revoltado os moradores da Avenida Santa Luzia, bairro do Joaquim Romão, em Jequié, a atitude da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente. Nessa semana, prepostos da Prefeitura de Jequié, Secretaria de Serviços Públicos, estiveram na Avenida Santa Luzia, de posse de motosserra e outros equipamentos e procederam o corte e derrubada de várias árvores nos canteiros centrais da avenida, sob a alegação de que a avenida passará por requalificação estrutural.
JUSTIFICATIVA DA PREFEITURA
O Secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Jequié, Claudemiro Brandão, foi às emissoras de rádio justificar que as árvores que foram cortadas são das espécies Fícus e Nim. Segundo o secretário, árvores exóticas, com raízes agressivas e que provocam problemas nas estruturas de concreto, tubulações de água e esgoto.
SENSATEZ
Para os moradores, as árvores cortadas promoviam sobra e amenizavam o clima, ainda mais nesse período ensolarado e de altas temperaturas, baixa umidade e calor insuportável em razão dos efeitos do fenômeno El Nino.
Ouvidos pela reportagem, os moradores disseram que a prefeitura poderia ter consultado eles antes de cortar, pela cepa, as árvores e buscar uma alternativa menos agressiva, como de fazer o plantio das novas espécies nativas, como Ipê, Sibipiruna, Pau Ferro e outras, preservando as já existentes, conservando os Fícus e Nim, e assim que as novas espécies estivessem bem desenvolvidas, aí sim, poderiam cortar as que dão problemas para os passeios, ruas e casas ou então esperasse a chegada do inverno para fazer o que fizeram.
Outro morador que pediu para não ser identificado, disse a reportagem que a reforma pode começar a qualquer hora sem eles saberem o que de fato será feito em toda a avenida
“Do jeito que estão fazendo com as praças, transformando em praça comercial, com vários quiosques, será que aqui também vão encher a avenida de barzinhos que ficam até tarde da noite, com som alto, num barulho que ninguém pode dormir? A rua enche de carro que ficam na porta da garagem da gente e nós nem podemos botar o nosso carro na garagem. A prefeitura deveria se reunir com os moradores e apresentar o que vão fazer. Afinal, é a gente que vai continuar morando aqui e teremos de conviver com aquilo que eles vão fazer aqui, sem nos consultar. Nós pagamos impostos. É nosso dinheiro que vai fazer essa praça. Temos o direito de saber o que eles vão fazer aqui”, desabafou o morador da avenida Santa Luzia.
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