O São João de Jequié ainda não começou, mas os problemas já estão aparecendo. E isso é só o início, uma vez que alguns comerciantes afirmam que serão impactados negativamente pela realização do evento no centro da cidade.
Neste momento, a disputa ocorre entre um grupo de barraqueiros, que sempre participou da festa em todos os anos anteriores, e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, encarregada de coordenar a venda para a empresa vencedora da licitação, que comprou os espaços públicos da Praça Rui Barbosa e da Praça da Bandeira e que agora estão sendo vendidos para comerciantes interessados.
Durante os encontros organizados pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, foi mostrado o projeto da festa, que incluía a disposição de todas as áreas destinadas à venda de alimentos e bebidas.
Para o grupo de barraqueiros que está na bronca, foi informado que eles ocupariam, como já ocorreu em outros anos, uma faixa à esquerda do Mercado Municipal, em frente à farmácia 24 horas, na Praça da Bandeira.
Apresentado o projeto, seus custos e demais detalhes, após o encontro, os barraqueiros saíram convictos de que estava tudo certo e começaram a planejar seus desafios, inclusive de levantar recursos para o pagamento da taxa de funcionamento cobrado pela prefeitura de Jequié em favor da empresa de Pernambuco, vencedora da licitação.
Para descontentamento geral, os barraqueiros foram informados de que não poderiam mais ficar naquele local informado nas reuniões, por decisão da secretaria, sob a alegação de desafogar a Praça da Bandeira e que seriam remanejados para a Rua Jerônimo Sodré, após o portal de saída, fora do circuito da festa.
Além disso, a taxa de funcionamento que foi de R$ 1.400,00 no ano passado, este ano foi elevada para R$ 1.750,00, aumento de mais de 20%. O pagamento dessa taxa foi determinado pela secretaria que seja feito de forma integral, em parcela única e antes da realização da festa.
Os barraqueiros se dizem confusos diante dessa bagunça organizada e afirmam não saber para quem apelar, já que o cadastramento está sendo feito de forma eletrônica, online, e não é possível o contato pessoal com alguém que possa ouvir suas reclamações e apresentar alternativas.
Mesmo com as diversas ligações feitas para o Secretário de Desenvolvimento Econômico, os barraqueiros informaram que não obtiveram êxito nas tentativas realizadas e que o jeito é contar com a sorte diante da imposição da prefeitura e da falta de diálogo com os comerciantes.
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