Depois de uma discussão colegial desnecessária que durou mais de 30 minutos, tendo como tema o cumprimento do regimento interno, algo que poderia ter sido resolvido antecipadamente no gabinete da presidência da Casa, foi concedido ao vereador Ramon Fernandes (PT), aprovado por unanimidade, vista ao Projeto de Lei que propõe a venda do São João de Jequié. O pedido que tem o objetivo de conceder tempo necessário para análise mais detalhada sobre o projeto do prefeito Zé Cocá, deverá voltar ao plenário para votação após o carnaval.
Apesar do pedido de vista concedido ao vereador Ramon Fernandes, o parecer das Comissão de Justiça e Redação Final e da Comissão de Finanças, foi favorável á venda do São João de Jequié mesmo sem apresentar qualquer análise detalhada sobre o Projeto de Lei, como viabilidade financeira, economicidade para o município, impacto comercial e na prestação de serviços dos envolvidos no evento, destino e aplicação dos recursos auferidos com a venda do São João etc.
Ao que se pode notar no parecer abaixo, as principais dúvidas e questionamentos da população quanto a venda do São João de Jequié não foram respondidas, sequer citadas, principalmente sobre a real necessidade em terceirizar um evento que sempre foi realizado com os recursos públicos e para o público, sem distinção.
Além disso, a presença de um Camarote para poucos, num evento público, com promessa de viver a festa do São João de Jequié rodeado de “celebridades”, de jornalistas, com visão privilegiada, com bebidas diversas e iguarias chiques grátis, e sem o baculejo na chegada, aponta para a desigualdade que a festa promove, quando o padrão financeiro se sobressai à camada popular que se aperta na multidão, que é revistada dos pés à cabeça ao chegar no circuito da festa, que são obrigados a consumir a bebida imposta por meio do patrocínio vendido pela prefeitura, enfim... tudo que já se sabe, além daquilo que a imprensa vendida não mostra, são apenas aspectos importantes que merecem a atenção de todos.
Certamente, seria de bom agrado, um Projeto de Lei que propusesse ônibus coletivo grátis para o circuito da festa, suspensão da cobrança por estacionamento no centro comercial durante o período do festejo, maior segurança, taxas acessíveis para os prestadores de serviços, a exemplo de barraqueiros e ambulantes, contratos mais justos com a valorização dos artistas locais sem a tabela de preço criada pela secretaria de cultura, poderiam ser propostas mais inteligentes e necessárias a serem implementadas na festa de São João de Jequié.
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