Quem visitar o Centro de Abastecimento Vicente Grillo, que se encontra em péssimo estado de conservação, poderá notar o funcionamento do novo pavilhão construído para abrigar os feirante de frutas e verduras.
Foto: Arquivo
Antes da entrega, os feirantes estavam sendo abrigados por 2 tendas alugadas pela prefeitura de Jequié, enquanto as obras de construção do pavilhão estavam em andamento. O contrato com a empresa Salvador Toldo foi de R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais) por ano. a maior reclamação dos feirante era com relação ao calor excessivo e a dificuldade de locomoção para os clientes diante do acúmulo de barracas.
O novo pavilhão é composto de mais de 420 bancadas, sendo apenas 90 de 6 metros de comprimento e as demais medem 3 metros, destinada ao feirante que comercializa poucos itens.
Mesmo sendo entregues ontem aos feirantes, as reclamações com o novo pavilhão já começaram a surgir em diversos aspectos:
COBRANÇA
Os feirantes que estavam de forma improvisada debaixo da tenda, tiveram redução de 70% no débito acumulado, referente à cobrança do solo feita pela prefeitura de Jequié, mas tiveram que quitar suas dívidas para ter o direito a assumir sua nova bancada no pavilhão recém inaugurado.
ESPAÇO PEQUENO

Muitos feirantes que comercializam uma grande variedade de produtos estão encontrando dificuldade para acondicionar suas mercadorias na bancada considerada pequena em relação as barracas que tinham no espaço improvisado. O resultado disso é o acúmulo de mercadorias de maneira irregular, resultando na perda de produtos que empilhados, machucam e são destacados.

SUJEIRA
Todo o pavilhão foi entregue aos feirantes em completo estado de obra em andamento, com muita poeira, sujeira e ainda em seu entrono, com aspecto de obra inacabada. Feirantes tiveram que fazer a faxina por conta própria, indispensável para acondicionar seus produtos em local higienizado e descente para a comercialização.

POUCA VISIBILIDADE
Outra reclamação é com relação a uma estrutura de ferro instalada nas paredes que dividem as bancadas. Para muito, essa estrutura metálica inviabiliza para os compradores a localização do feirante, principalmente aqueles de baixa estatura.

FUTURO INCERTO
Em conversas com alguns feirantes alocados no novo pavilhão, é unanime a expectativa de todos com relação ao preço que pagarão pela estrutura.
“A gente vende mercadoria perecível, que se perde rapidamente. Hoje a gente tá concorrendo com os supermercados grandes, como o atakarejo que é aqui pertinho. Eu já paguei mais de R$ 10 mil somente de imposto de barraca nesses últimos 4 anos. E agora? Quanto vai me custar esse espaço novo? Será que o volume de vendas vai compensar com essa concorrência? E o meu trabalho: Chego aqui 5 horas da manhã e saio 5 da tarde, todos os dias, menos no domingo; Se eu fosse colocar esse tempo meu como trabalho pago por uma empresa, será que eu não tô perdendo dinheiro como muitos aqui?", disse uma feirante que preferiu não se identificar com receio de represaria da administração do CEAVIG.
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