A Páscoa traz sua história com o próprio significado da palavra, “passar por cima”, “cobrir”, cobrir o que é fraco, frígio, pecaminoso. É para todo aquele que faz a confissão de que precisa dessa cobertura, dessa graça. O sinal dessa simbolização humana, tiveram três momentos maiores na história bíblica.
O primeiro marco dessa simbologia está em Genesis, Cap. 3, quando diz que Adão e Eva se sentiram nus, e fizeram folhas de figueiras, para cobrir a culpa, a nudez. Fizeram uma cobertura que pode ser simbolizada aqui pela religião, a moral, a constituição, são todas essas, folhas de figueiras para fazer de conta que está um mais bem vestido do que o outro.
Genesis relata que o Senhor Deus, matou um animal, tirando a pele do animal, derramou o sangue, e vestiu o homem e a sua mulher com aquelas vestes. Começando aí essa simbolização, de que para cobrir a nudez do homem, tem que haver uma “pascoa”, tem que haver uma “cobertura”, um “passar sobre”, e isso precisa ser uma ação divina, para que o indivíduo “coberto” por Deus viva.
A segunda grande expressão disso foi a saída do povo de Israel do Egito, depois de quatrocentos e trinta anos de cativeiro, Moises lidera a libertação. Com a última praga do Egito que foi a morte dos primogênitos, onde o Anjo do Senhor iria passar por toda terra do Egito, e toda casa que não houvesse o sangue de um cordeiro, cordeiro inocente, sem defeito, na casa onde não houvesse o sangue, a passagem do Anjo atingiria o primogênito daquelas famílias, o primogênito da vaca, e qualquer outro animal. Mas a casa onde houvesse o sangue desse cordeiro, o Anjo da destruição “passaria” por cima.
O terceiro e definitivo marco vem quando João Batista diz: “eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. João é o homem que no lugar de ir fazer folhinhas para se cobrir, ele olha e reconhece o cordeiro que tira o pecado do mundo. E quando chega a pascoa do judeu, esse cordeiro, na sexta-feira pascal, é crucificado, morrendo morte de pecador, morte de bandido entre bandidos, levando sobre si o pecado do mundo. E todos que Nele crer, já passou da morte para a vida, está “coberto” e o maligno não lhe toca.
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