A facilitação do acesso à internet para todas as camadas da população tem resultado em uma produção abundante de conteúdo e na exposição de comportamentos variados por diferentes segmentos sociais. Embora a rede ofereça uma quantidade significativa de material relevante, também nos deparamos com o fenômeno do discurso de ódio, caracterizado por ofensas gratuitas com o intuito de humilhar, rebaixar, menosprezar e até mesmo agredir moralmente grupos ou indivíduos. Diante desse contexto, como podemos combater os ataques enfrentados por pessoas que expressam pensamentos contraditórios no ambiente digital?
No âmbito das discussões sobre o tema, algumas soluções poderiam ser adotadas tais como:
- Educação digital: Promover a conscientização sobre os impactos negativos do cyberbullying e do discurso de ódio, incentivando o respeito e a tolerância nas interações online.
- Regulamentação adequada: Estabelecer leis e políticas que abordem de forma clara e precisa o combate aos ataques e hostilidades virtuais, com penalidades adequadas para os agressores.
- Promoção de plataformas seguras: Investir em recursos e tecnologias que possibilitem a identificação e remoção ágil de conteúdo abusivo, bem como a proteção da privacidade das vítimas.
- Engajamento comunitário: Encorajar a formação de comunidades online que promovam o diálogo construtivo e a diversidade de opiniões, criando um ambiente acolhedor e seguro para diferentes perspectivas.
- Empoderamento das vítimas: Oferecer suporte emocional e ferramentas práticas para que as pessoas afetadas possam enfrentar os ataques, como mecanismos de denúncia e orientação jurídica.
- Responsabilidade compartilhada: Envolver empresas de tecnologia, instituições educacionais, governos e a sociedade como um todo na busca por soluções conjuntas, visando a promoção de um ambiente online mais saudável e respeitoso.
- Alfabetização midiática: Desenvolver habilidades críticas nos usuários para identificar informações falsas, desinformação e discursos de ódio, capacitando-os a responder de maneira construtiva e evitar a propagação de conteúdo prejudicial.
A adoção de tais soluções vão além da conscientização social, necessitam de respaldo legal regulamentados pela lei como ocorre com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), Lei n° 13.709/2018 e o Projeto de Lei 2630/20 que institui a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet. Embora a existência de leis que determine um comportamento social e ético ao internauta possa ser visto por uma parte desta mesma sociedade como retirada da sua liberdade de expressão, é algo extremamente salutar para iniciarmos um bom convívio social na rede.
Em função de sua complexidade, a pauta requer bastante discussão, porém percebemos que para combater esses ataques direcionados a pessoas com opiniões divergentes no ambiente digital, é necessário uma abordagem abrangente, envolvendo educação, tecnologia, políticas públicas e mudanças culturais. A busca por um ambiente online mais inclusivo e respeitoso exige o engajamento de todos os participantes da sociedade.
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