Quando começou o Rock Rio, religiosos brasileiros criaram o “Jesus in Rio”, um evento de protesto ao Rock Rio, sem sucesso. Além de um mau gosto terrível, e falta de originalidade era patética, um grupo de frígidos fiéis tomados de inveja e amargura, pensaram em algo, mas fadado ao fracasso.
E assim o foi. Em 1981 quando aconteceu a primeira visita do Queen ao Brasil, mais uma vez religiosos tentaram se articular querendo ir para o estádio, abraçar o local em protesto ao evento e à figura do Freddie Mercury, que a essa altura estava cantando muito, desarticulando o combate dos fiéis desocupados.
A Marcha para Jesus começou na Inglaterra com o pastor Roger Forster e não tinha nada de parecido com o que acontece no Brasil. Aqui começou como uma expressão de imponência da igreja evangélica, que de imponente nada tem.
Aí vem a Marcha como uma forma de gerar uma grana enorme para os organizadores do evento. Religiosos usam o nome de Deus em vão o dia todo nas avenidas do país, como se estivessem dando glória à Deus. Outro dia em Vitória - ES, a empresa que fazia as alegorias da Marcha para Jesus levou para a praça um revólver inflável, enorme, que fazia parte da ornamentação da festa. Isso me deixou uma pergunta: que Jesus é esse e para onde marcha essa gente?
Essa vitrine chamada Marcha pra Jesus, tem políticos pagam para se aparecer, onde os seus organizadores acumulam fortunas, e tem ainda os picaretas que não pagam a cota para a exibição e ficam enciumados por não lhes serem concedida a palavra no grande comício.
Todos vão seguindo a “parada gospel”, digo, à “Marcha pra Jesus”, um pouco jururu é verdade, sem a alegria, glitter e o colorido da outra parada. Cristo não iria na “Marcha pra Jesus”.
Definitivamente, este evento não tem relação com o evangelho, é uma grande máquina de popularizar políticos no meio religioso. Um câncer que tomou proporções catastróficas no país onde uma multidão marcha para o nada
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