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Sexta- feira, 23 de Agosto de 2024

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A bomba explodiu. Os abrutes correram. De quem é a culpa da Violência em Jequié?

Triste título de Cidade mais violenta do Brasil

Israel Ferssant
Por Israel Ferssant
A bomba explodiu. Os abrutes correram. De quem é a culpa da Violência em Jequié?
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Essa explosão de violência na cidade de Jequié que deu ao município o título de cidade mais violenta do Brasil, estava para acontecer a algum tempo, diante de todas as irresponsabilidades de nossos governantes. Vieram à tona o que antes era mais fácil esconder as evidências do caos. Mas, agora não dá mais.

Com o avanço das tecnologias que possibilitam a comunicação instantânea, as informações rapidamente se espalham, tornando público onde e quando as ações criminosas estão acontecendo.

Tinha-se a violência como desastres isolados, mas o tempo foi passando e os marginais perceberam que eram mais competentes que o fragmentado Sistema de Segurança. Como terroristas islâmicos, agindo sem transtornos ou temor, são ágeis, livres, armados e bem relacionados com autoridades.

Esse crescimento da marginalidade foi permitido pelas ausências de políticas públicas de combate ao crime organizado.  A cidade mudou de status, agora é um problema nacional grave e ninguém sabe o que fazer, mesmo muitos políticos tendo a cara de pau em dizer que essa notícia é “Fake News”, ou que a impressa é responsável por noticiar essa grande catástrofe social que vemos, “a mídia está sendo cruel com os governantes”. Cruel é um governo que desassiste as vítimas de enchentes irresponsáveis.

A verdade é que cada vez mais nos deparamos com situações sem solução qualquer e a violência em Jequié é uma delas. O perigo é que aos poucos, podemos nos acostumar com essa nova e terrível anormalidade. O que é que provoca essa violência que estamos vivenciando a ponto de Jequié se torna protagonista a nível nacional? Antigamente, se dizia que era a miséria e a ignorância, os fatores principais da escalada da violência. Mas, não, não é só isso. Uma cidade onde diante das irresponsabilidades óbvias, silencia o poder legislativo,  sem falar da falta de sensibilidade dos escolhidos sem escrúpulos, sem conhecimento algum de leis, de cidadania e sem capacidade para criar leis que regem uma cidade de quase 160 mil habitantes.  

Jequié tem assumido a consciência do mau, onde é normal espancar um velho na feira por urinar na rua, mesmo sem dispor de sanitários públicos dignos. É normal agredir professor em público por suspeitar de alguma coisa. É normal gastar milhões com uma festa para poucos, principalmente os artistas da cidade. É normal patrocinar um time particular de futebol, e deixar de pagar o Piso Nacional para professores e agentes de saúde. É normal fazer uma praça em cada esquina. É normal faltar alimentação escolar nas unidades de ensino de Jequié. O que não é normal para eles, são os números da violência em Jequié. É maldade da mídia. É Fake News.

Um dos principais motivos dos crescimentos da violência que aterroriza Jequié é uma educação aleijada, o desemprego assombroso, o abandono das comunidades distantes do centro da cidade, a falta de projetos sólidos voltados para a cultura, à prática esportiva, a inserção social, o envolvimento das comunidades e por ai vai. Os poderes instituídos não conhecem a realidade de cidade porque não vivem aqui, não moram aqui, não realizam investimentos aqui. Vivem isolados em suas bolhas. Jequié é para eles uma prostituta vitalícia, onde eles estupram e espancam com a certeza da impunidade.

FONTE/CRÉDITOS: Israel Ferssant
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