A festa junina de Eunápolis, conhecida como uma das festas mais populares do extremo sul baiano, o “Pedrão de Eunápolis”, que ocorreu de 26 a 29 de junho, foi palco de revolta entre os moradores que viram o evento se transformar em uma experiência elitizada, excludente e de alto padrão econômico, acessível para poucos.
O que difere o São João de Jequié do São Pedro de Eunápolis é apenas o local de realização. Jequié fez a sua festa em praça pública, mas ocupou importante espaço da festa, com um super camarote e espaço VIP em frente ao palco, empurrando a população para longe, num arrocho jamais visto. O trauma da festa em Jequié ficou por conta do camarote. Um fisco jamais ocorrido em todas as edições da festa em Jequié.
Já em Eunápolis, pela primeira vez, o evento foi montado em ambiente fechado: o Estádio Municipal Araujão foi adaptado com arquibancadas pagas, camarotes luxuosos e áreas VIP, marcando uma guinada do tradicional “cultura livre” para um modelo de festival com ingressos entre R$ 30 e R$ 50, e camarotes com valores que ultrapassaram os R$ 890 — preços considerados abusivos para uma população majoritariamente composta por trabalhadores e pequenos comerciantes.
Caso não haja a manifestação popular e a ação da justiça, festas tradicionais pagas com o dinheiro da população se transformarão em Baladas das Elites Arianas.
Com informações do perfil. Aratu On Line
Comentários: