A proposta de lei 003/2025, apresentada pelo prefeito Zé Cocá (PP), solicita à Câmara de Vereadores a permissão para transferir à iniciativa privada (empresas exploradoras) o local da Festa de São João de Jequié, gerando polêmica nos veículos de comunicação da região.
O vereador Ramon Fernandes (PT) foi o primeiro a expressar seu descontentamento. Em uma entrevista de rádio realizada na manhã de hoje (14/01), ele manifestou sua indignação com a maneira como o prefeito Zé Cocá está gerenciando a venda comercial de uma festa popular que sempre foi organizada para o público e financiada com recursos públicos.
Vejo no Vídeo abaixo, a entrevista como vereador Ramon Fernandes. (matéria continua depois do vídeo)
Na semana passada, Zé Cocá convocou os vereadores para uma reunião, excluindo Ramon Fernandes (PT) e Moana Meira (PSD), para discutir a venda do São João de Jequié. Durante esse encontro reservado, Zé Cocá argumentou aos restantes dos vereadores que a venda do evento seria extremamente benéfica para a cidade, proporcionando à prefeitura a chance de obter um considerável retorno financeiro ao transferir a festividade para uma empresa privada.
É provável que nesta quarta-feira, 15 de janeiro, ocorra uma discussão sobre o parecer da comissão responsável em uma sessão extraordinária, mesmo durante o recesso parlamentar, e a sua aprovação é considerada urgente. Aparentemente, apesar da aprovação do Projeto de Resolução nº 2 de 2024, que estipula que são necessários 2/3 dos votos para a validação de qualquer projeto de lei, a proposta de Zé Cocá de vender o São João de Jequié deverá ser aceita pelos vereadores aliados do governo. Isso acontece mesmo sem um diálogo público e sem a consulta aos Conselhos de Cultura e do São João, grupos encarregados de deliberar sobre quaisquer mudanças relacionadas aos eventos juninos, assim como outras iniciativas ligadas à Cultura e ao Turismo na cidade.
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