No ano de 2022, a Prefeitura de Jequié arrecadou dos moradores da sede do município e da zona rural, o valor de R$ 4.012.642 em Tarifa de Iluminação Pública.
Já em 2024, a arrecadação foi recorde atingindo o valor de R$ 6.141.015, o que representa uma aumento foi de 53% a mais em relação ao ano de 2022.
COSIP - OBJETIVOS NA COBRANÇA DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA
A iluminação pública visa prioritariamente garantir a segurança e a comodidade dos cidadãos durante o período noturno. Por consequência, é na segurança e na comodidade que o contribuinte tem a expressão máxima do reflexo da ação da prefeitura, não sendo justo que o mesmo contribua com a COSIP quando tais reflexos não lhe atinjam diretamente.
Aliás, foram exatamente estes - a segurança e a comodidade - os principais argumentos utilizados no Congresso Nacional para a aprovação da nova contribuição: “Os Municípios há muito vêm lutando com a carência de recursos públicos para custear tal serviço de inelutável necessidade para o bem-estar e a segurança das suas populações” (Voto do Relator da Comissão, Custódio Mattos).
Vídeo enviado por morador da localidade
Mas não é bem assim que vem acontecendo em Jequié. Que houve avanço? Sim! Claro! Mas, quantos milhões já foram arrecados pela Prefeitura de Jequié? Será mesmo que o montante pago pelos contribuintes é compatível com o atual cenário da iluminação pública em Jequié?
Para responder a esta dúvida é necessário caminhar pelas ruas dos bairros distantes do centro da cidade, dos conjuntos habitacionais da Cachoeirinha, Mandacaru, Cansanção, Cidade Nova, Curral Novo, Jequiezinho e também as vias de acesso à estradas da zona rural, que também paga pela Cosip.
Todos os dias é possível acompanhar nas emissoras de rádio local, as inúmeras reclamações dos moradores, inclusive de bairros periféricos e da zona rual que se humilham pedindo por iluminação pública, não por apenas quererem suas ruas iluminadas, mas por questão única de segurança.
No vídeo acima é claro a ineficiência da aplicação dos recursos advindos da Cosip, em um local de extrema necessidade para mais de 5 mil operários que utilizam a Passarela sobre o Rio das Contas que interliga o Distrito Industrial de Jequié ao bairro Joaquim Romão.
Como fica a segurança dessas mães e pais de família que arriscam suas vidas ao fazer esse trajeto todas as noites, após um dia de expediente exaustivo? Quem vai arcar com os prejuízos materiais em caso de assalto? Quem vai pagar pela vida que pode ser perdida nesse ambiente de completo abandono e descaso da gestão municipal?
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