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Sexta- feira, 23 de Agosto de 2024

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Diadema - Maicon Lopes

Poesia

Maicon Lopes
Por Maicon Lopes
Diadema - Maicon Lopes
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c2/Schatzkammer3%2C_Residenz_M%C3%BCnchen.jpg/1200px-Schatzkammer3%2C_Residenz_M%C3%BCnchen.jpg
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Enfeita-me, aureola
Fachada de estado imperial
Resquício de ideia sobrenatural
Presente que nem ouso merecer

Enfeita-me, aureola
Coroa do mundano angelical
Ostentas em tua pele sem igual
Que tragas dessa vida sem querer

Enfeita-me, oh, aureola
Roubada de uma terra de mulambo
Vendida pra pagar o teu escambo
Que tomastes minha terra pelo mar

Enfeita-me, oh, aureola
Porque já me foges da verdade
Minha pele só deseja igualdade
Por justiça de um fardo desumano

Enfeita-me também aureola
De quebra uma tiara colorida
Desnudar a minha pele bem florida
Esconder o vermelho a me sangrar

Enfeita-me, mas não me cerca
Eu duvido que no final dessa peça
Me sobre canto pra essa tua orquestra
Que aceita até uma orientação

Enfeita-me, diadema
Que de sangue foi pintada
Que de pele foi manchada
Que minha testa bem rasgada
Tu venhas adornar!

FONTE/CRÉDITOS: https://www.recantodasletras.com.br/poesias-do-social/7785110
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